quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

A IMPORTÂNCIA DO PAI NA VIDA DA MENINA

Tirei este texto do livro que estou lendo: "Educando meninas", de James Dobson. Um texto citado pelo autor que foi escrito pela pediatra Meg Meeker.
 
Observei filhas conversarem com o pai. Quando você, pai, entra na sala, elas mudam. Tudo nelas muda: olhos, boca, gestos, linguagem corporal. Nenhuma filha permanece indiferente na presença do pai. Podem até ignorar a mãe, mas não você. Ficam radiantes, ou choram. Observam você atentamente. Apegam-se a cada palavra sua. Esperam receber sua atenção e a aguardam com frustração — ou desespero. Precisam de um gesto de aprovação, de um aceno da cabeça indicando incentivo, ou mesmo de contato visual, para saberem que você se importa e está disposto a ajudar.
 
Quando está em sua companhia, sua filha se esforça ainda mais para se sair bem. Quando você a ensina, ela aprende com mais rapidez. Quando você a conduz, ela adquire confiança própria. Se você entendesse plenamente a influência profunda que pode exercer sobre a vida de sua filha, ficaria aterrorizado, maravilhado, ou ambos. Você é capaz de moldar o caráter dela de uma forma que namorado, irmão, e mesmo o marido não podem. Sua influência se estende por toda a vida dela, pois ela lhe confere autoridade superior à de qualquer outro homem.
 
Muitos pais (especialmente de meninas adolescentes) pressupõem que não exercem nenhuma influência sobre as filhas (com certeza, menos influência do que os amigos dela e a cultura ao seu redor) e imaginam que as filhas devem se virar sozinhas. Mas sua filha precisa encarar um mundo muito diferente daquele que você encarou quando estava crescendo: menos amistoso, desprovido de sustentáculos morais e até mesmo perigoso.
 
Quando sua filha passa dos 6 anos, é difícil encontrar roupas de “menininha” para ela. Muitos trajes procuram dar às meninas a aparência de uma garota sensual de 13 ou 14 anos interessada em atrair meninos mais velhos. Ela entrará na puberdade mais cedo do que as meninas de uma ou duas gerações atrás (e os meninos estarão observando quando os seios dela começarem a aparecer precocemente, talvez até mesmo aos 9 anos). Quer você aprove quer não, antes de completar 10 anos ela verá insinuações sexuais ou cenas explícitas de comportamento sexual em revistas e na televisão. Aprenderá sobre HIV e aids no ensino fundamental e é provável que também aprenda sobre como o vírus é transmitido [...].
 
Você precisa fazer uma pausa, abrir mais os olhos e ver o que sua filha tem de encarar hoje, amanhã e daqui a dez anos. É difícil e assustador, mas é a realidade. Embora você queira que o mundo a trate com cuidado e delicadeza, ele é de uma crueldade inimaginável — e nem espera ela chegar à adolescência. Ainda que ela não participe do que há de pior, está cercada de promiscuidade sexual, abuso de bebidas alcoólicas, linguagem vulgar e drogas, além de meninos e homens predadores que querem tomar algo dela.
 
Não importa se você é dentista, caminhoneiro, executivo ou professor; se você vive em uma mansão no interior de Connecticut ou em um apartamento minúsculo em Pittsburgh, a maldade está em toda parte. Em outros tempos, era relativamente “contida”: gangues, traficantes de drogas e “maus elementos” ficavam em regiões definidas, em certos bairros e escolas. Não é mais o caso. Estamos cercados pela maldade [...].
 
Você fará a diferença na vida de sua filha.
 
Precisa fazer, pois, infelizmente, a cultura ao nosso redor não é saudável para meninas e moças. E há apenas uma coisa que se interpõe entre essa cultura e sua filha. Você.
 
O pai muda, de forma inevitável, o curso da vida de suas filhas — e pode até salvá-las. Desde o instante em que você vê pela primeira vez o corpo de sua menininha, recém-saído do ventre materno, até o momento em que ela se muda de sua casa, o relógio não para. Ele marca as horas que você passa com ela, as oportunidades de influenciá-la, de moldar seu caráter, de ajudar a encontrar-se e a desfrutar a vida.
 
Obs.: Mamães solteiras, divorciadas ou viúvas: a presença e a boa referência de uma figura masculina (paterna) no lar são imprescindíveis na vida de suas meninas.
 
Referência: DOBSON, James. Educando meninas. São Paulo: Mundo Cristão, 2012.